sábado, 17 de outubro de 2009

Homilia da missa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Maria mãe de Deus e nossa, senhora Aparecida

Viva a mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida, salve ò virgem imaculada, senhora aparecida. Com essa convicção o povo brasileiro elegeu Maria como sua padroeira, sua mãe e sua rainha. As palavra simples do nosso povo revela uma teologia mariana fortíssima: essas palavra singelas e cheia de saudações filiais traz presente uma confiança inabalável naquela que por merecimentos das graças de seu filho Jesus Cristo tornou-se na ordem da graça mãe de Deus e nossa.
Maria mãe de Deus é modelo para toda a Igreja, ela é mãe dos redimidos, advogada dos aflitos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade de divina, que lhe foi anunciada pelo anjo, tornou-se ela mãe do Redentor. Por isso dizia o Papa João Paulo II em seu discurso na dedicação da Basílica de Aparecida: pelos méritos de seu Filho, é imaculada em sua conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça.

Maria é a arca da Aliança, vestida de sol, templo onde habita Deus, sinal e instrumento da Aliança de Deus com a humanidade. Ela é estrela da evangelização, como bem demonstrou o Papa Paulo VI. Por isso afirma João Paulo II que Maria não pronunciou um sim passivo, mas ativo. Ao confessar-se a serva do Senhor ela acolhe em seu coração e em seu seio o autor da vida, o Redentor nosso, Jesus Cristo. Assim diz o Papa Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria aponta as vias da salvação, vias que convergem todas para Cristo e para sua obra redentora.
Por isso temos a firme certeza que Maria nos leva mais seguramente a Cristo, nossa esperança! Isso o Concílio Ecumênico Vaticano II já apontara: “a função maternal de Maria em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo, antes, manifesta a sua eficácia.
No nosso continente cristão e eminentemente católico, a figura de Maria torna-se mais visível, não é por acaso as manifestações e agradecimentos que acompanha o ano litúrgico quase que inteiramente: o mês mariano de maio com a coroação de nossa senhora, a festa do Círio de Nazaré, a festa de aparecida em todo Brasil, entre outras. Maria neste sentido revela o rosto da Igreja em missão e ação. Por isso a Igreja tem sempre os olhos voltados em Maria, que permanecendo Virgem deu à luz o salvador, por obra do Espírito Santo. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer crescer Cristo no mundo, e gerar cada vez mais filhos de Deus que encontrem em Jesus sua única alegria. Assim a missão da Igreja espelha-se na missão de Maria, que é gera, cuidar e promover as condições para a efetivação do reino. Desta forma a devoção mariana é fonte de vida cristã e força na caminhada rumo a meta que é a salvação. Permaneçamos na escola de Maria, manda fazer tudo que Cristo disser; que manda confiar incondicionalmente em seu filho e acreditar na realização de suas promessas. E como outrora na Galileia ela cuida para que não nos falte a alegria de viver. Rezemos com Maria e por Maria, pois ela é sempre a mãe de Deus e nossa!
Pe. Fantico Nonato Silva Borges, CM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Homilia do XVIII Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Homilia do XVIII Domingo do Tempo Comum (Ano C) Um homem vem a Jesus pedindo que diga ao irmão que reparta consigo a herança. Depois ...