segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

OS MANDAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA

OS MANDAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA
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"Que alegria quando me disseram: vamos à Casa do Senhor! Por amor da Casa do Senhor, nosso Deus, pedirei para ti a felicidade!" (Salmos 121, 1.9)
1.     Os Mandamentos da Igreja são cinco (5) "Preceitos" ordenados pela Igreja Católica criada por Jesus Cristo, que tem como objetivo, instruir e admoestar os fiéis cristãos sobre os seus deveres para com a Igreja, relacionados ao plano espiritual e material (Missa, Confissão, Comunhão, Jejum e Dízimos).
2.     O termo "Igreja" pode ser entendido no sentido de "assembléia dos fiéis"; como o Corpo Místico de Cristo, onde Cristo é a Cabeça do Corpo; e ainda, como o Templo do Espírito Santo; é também a casa de Deus erguida em honra a Deus, onde os Pastores (Bispos, Sacerdotes/Padres) e Fiéis cristãos se reúnem em assembléia e em comunidade para prestar culto a Deus, adorá-Lo, louvá-Lo e glorificá-Lo; fazer suas orações e preces; assim como, para fazer suas ofertas e oferendas a Deus.
3.     A Casa do Senhor é a "morada de Deus" aqui na terra, do Deus-Conosco - o Emanuel, pois Ele se encontra presente no Tabernáculo (Sacrário) dia e noite em Corpo, Sangue, Alma e Divindade oferecendo-Se como fonte de vida divina e de salvação para toda a humanidade.
4.     A Igreja Católica Apostólica Romana é assim intitulada porque:
o    IGREJA - é o Povo de Deus, que é o Corpo Místico de Cristo, sendo Cristo a Cabeça do Corpo.
o    CATÓLICA - sua área de atuação é universal, seguindo a mesma Doutrina de Jesus Cristo, Princípios e Normas em todo o mundo.
o    APOSTÓLICA - foi fundada e organizada na "tradição e ensino" dos Apóstolos seguidores de Cristo.
o    ROMANA - sua Sede é em Roma (Itália), onde São Pedro foi martirizado e sepultado, ao qual, Jesus outorgou as "Chaves dos Céus", ou seja, o Poder e a Autoridade de Cristo. "Disse Jesus: 'Tu és Pedro (pedra), e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus'" (Mateus 16,18-19).
5.     A Igreja de Jesus Cristo teve sua origem e início de atuação no mundo com a "Vinda do Espírito Santo" no dia de Pentecostes no Cenáculo de Jerusalém, estando presentes reunidos em oração, os Apóstolos, Maria - Mãe de Jesus e da Igreja - e os Discípulos de Jesus. Nessa ocasião, o Espírito Santo se manifesta através de "labaredas de fogo" sobre a cabeça de cada um deles, transmitindo-lhes a força propulsora para saírem em ação por todo o mundo testemunhando e anunciando Jesus Cristo a todas as nações, povos, culturas e indivíduos, na "linguagem própria" do Espírito Santo. (Atos dos Apóstolos 2,1-4). "O Espírito Santo tem a tarefa de levar a Igreja ao seu maior esplendor, para que assim se torne toda bela, sem mancha e sem ruga, à imitação de vossa Mãe Celeste, e possa difundir a Luz de Cristo para todas as nações da terra" (MSM, 3.6.90).
6.     MARIA: Mãe da Igreja, predestinada como a Filha Predileta do Pai Celeste, assumiu por desígnio e privilégio de Deus, a condição da "Nova Eva" isenta de qualquer mancha do pecado, até mesmo da "culpa original", tornando-se por meio de Jesus Cristo - o "Novo Adão", a "Mãe Espiritual" de toda a humanidade. "Não se pode falar de Igreja sem que esteja presente Maria" - disse o Papa Paulo VI. A Igreja que tem Maria é Igreja de Jesus porque Ela acompanhou o nascimento da Igreja e o seu crescimento, com aquela solicitude que demonstrou nas bodas de Caná da Galiléia: "Fazei aquilo que Ele (Cristo) vos disser", e agora, na Glória do Céu, Maria Santíssima se interessa pela nossa salvação.
7.     A Igreja é depositária e transmissora do Evangelho do Reino, cuja missão é anunciar e construir o Reino de Deus pela força e ação silenciosa e fecunda do Espírito Santo nas Comunidades cristãs espalhadas pelo mundo inteiro. Através da Sua Igreja, Jesus Cristo apresenta aos homens (o gênero humano) todos os meios necessários para a sua salvação: os Sacramentos, a Palavra de Deus, os Mandamentos, a Lei do Amor.
8.     O Sacerdote ou Padre, que foi ungido e consagrado ao Serviço de Deus para a salvação dos homens, destaca-se como o Homem de Deus e do Povo no contexto da missão salvífica da Igreja, pelo seu bom exemplo, dedicação, amor e zelo nas atividades das Comunidades cristãs locais, sendo portanto "sinal" e "presença" de Cristo na Igreja. É ele quem celebra a Eucaristia (Santa Missa), realiza as Celebrações Litúrgicas da Igreja, ministra os Sacramentos, prega a Palavra de Deus, perdoa os pecados, orienta e coordena os colaboradores na "obra" da Igreja; e assume o lugar de Cristo em oferecimento de vítima expiatória, intercedendo pela remissão dos pecadores. "Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque"(Hebreus 7,17).
9.     Os Pastores da Igreja (Bispos e Sacerdotes), como são os continuadores da obra redentora e salvífica de Jesus Cristo, necessitam do apoio e cooperação de todo o Povo de Deus reunido em torno de um mesmo Altar, destacando-se também como provedores dos bens espirituais e materiaisdas das Comunidades cristãs mais pobres, carentes, isoladas, problemáticas ou distantes dos grandes centros urbanos. Contando portanto, com a ajuda pessoal e material de cada fiel cristão, o Homem de Deus e do Povo se engaja também na luta pela minimização ou solução dos problemas físicos e sociais dos mais necessitados e desprovidos dos bens materiais necessários à sua subsistência e sobrevivência. "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mateus 5,7).
OS CINCO PRECEITOS IMPORTANTES DA IGREJA
  • 1º Mandamento: Participar da Santa Missa nos Domingos e Dias Santos.
A participação na Santa Missa do "Dia do Senhor" ou dos Dias-Santos de Guarda é um dever obrigatório para todo cristão batizado, porque Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, que é o Domingo. "Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como Ele vos disse, quando ainda estava na Galiléia" (Lucas 24,5-6), disseram dois Anjos de vestes resplandescentes às santas discípulas que foram ver o Corpo de Jesus no sepulcro. A Santa Missa é o Santo Sacrifício de Cristo que foi consumado no Calvário, sendo renovado e celebrado do nascer ao pôr-do-sol em todo o mundo pela salvação da humanidade. Faltar à Missa aos Domingos e Dias santos sem nenhum motivo que impeça de assisti-la ou de ir até o Templo do Senhor é considerada falta grave pela Igreja, ficando portanto, o fiel cristão impedido de receber a Comunhão ou Eucaristia. Os Dias santos de Guarda são quatro:
    • 1º de Janeiro - Festa da Santa Mãe de Deus;
    • Festa do Corpo e Sangue de Jesus - Corpus Cristi (a data varia, de acordo com o Calendário Litúrgico da Igreja);
    • 8 de Dezembro - Festa da Imaculada Conceição de Maria;
    • 25 de Dezembro - Festa do Natal em que se celebra o Nascimento de Jesus Cristo na pobre gruta de Belém, ou seja, da vinda do Salvador ao mundo.
    • Inclui-se a essa lista as festas e solenidades  dos santos Apóstolos; e todas as festas do Senhor: Coração de Jesus, semana Santa, Batismo do Senhor, entre outras.  
  • 2º Mandamento: Confessar-se ao menos uma vez cada ano.
O segundo mandamento prescreve que o cristão batizado deve confessar-se ao menos uma vez por ano; mas como o gênero humano tem uma natureza, digamos, corrupta devido a herança do pecado original cometido pelos primeiros pais (Adão e Eva) no início da Criação, o espírito necessita de uma "limpeza espiritual" constante para não acumular muitas faltas ou pecados graves (mortais) que comprometem a salvação da alma. E é através do Sacramento da Reconciliação ou Confissão Sacramental que a Igreja de Cristo proporciona ao homem a reconciliação com Deus e com os irmãos, libertando dos males espirituais com o perdão dos pecados. "Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!" (Isaías 1, 18).
Ao falar pelo menos uma vez no ano quer dizer que é necessário sempre que se peque gravemente ou apenas levemente ao menos uma vez no ano. Quem falta a confissão estando em pecado não pode receber frutuosamente os santos sacramentos. Então, quando eu devo confessar? sempre que minha consciência me acusar.
  • 3º Mandamento: Comungar ao menos pela Páscoa.
Comungar ao menos pela Páscoa ou "fazer a Páscoa" como prescreve a Igreja, é cumprir um dever muito antigo que já fazia o Povo de Deus do Antigo Testamento. Celebrar a Páscoa recebendo a Comunhão ou Eucaristia significa o encontro e comunhão com Jesus Cristo que liberta de todo o mal, ou seja, é celebrar a libertação ou "passagem" de uma vida de escravidão no pecado para uma vida nova com Cristo.
Para fazer a páscoa é necessário uma confissão auricular. Por isso, é sempre bom ter uma confissão na páscoa e outra no natal. Quem está em estado de pecado mortal, faça um exame de consciência e, se possível, procure um confessor. Em casos de falta de contrição o pecado fica retido até o penitente adquirir a reta contrição; quem assim procede não pode fazer a páscoa plenamente.
  • 4º Mandamento: Jejuar e não comer carne quando manda a Santa Igreja.
A Santa Igreja prescreve no quarto mandamento que a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão são dias de se fazer jejum do corpo ou de alimentos com abstinência de carnes nestes dias, em respeito à Morte de Jesus Cristo na Cruz e como meios de penitenciar o corpo e o espírito, a fim de que os "canais da graça" sejam liberados da mancha dos pecados do egoísmo e do orgulho.
Quem está obrigado a essa mandamentos são as pessoas em idade acima de  quatorze anos e abaixo de sessenta. Mas não se excluem que esta fora desta faixa e desejar jejuar.
  • 5º Mandamento: Pagar Dízimos, conforme o costume.
O quinto mandamento da Igreja prescreve e adverte que os fiéis cristãos batizados em Cristo também são responsáveis e provedores da construção do Reino de Deus aqui na terra, providenciando os meios materiais com as ofertas e dízimos, a fim de prover o sustento das estruturas da evangelização do Reino. É papel do dízimo manter, construir ou conservar o Templo erguido em honra a Deus; promover a caridade e assistência aos mais pobres; assim como, auxiliar a Instituição Religiosa através dos Seminários, na formação dos Sacerdotes para prestarem serviço a Deus e ao Seu Povo. "A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe" (Mateus 9, 37-38).

"Conforme o costume": a Igreja, de certo modo, não estabelece uma quantia "exata" do que se deve pagar nas ofertas dos dízimos, mas deve ser cumprido com uma certa constância e freqüência, de preferência, mensalmente, se o nosso trabalho é remunerado mês a mês, de conformidade com os valores ou quantias recebidas individualmente de cada salário, economia ou produção, cumprindo o Preceito da Igreja com um certo grau de generosidade, bondade, alegria, espontaneidade (sem constrangimentos) e discrição, uma vez que o "Divino Mestre" disse que se deve fazer as boas obras em segredo, esperando a recompensa e o louvor somente de Deus, porque Ele é poderoso e fiel para cumular-nos de todas as bênçãos de que necessitamos. "Cumpri vossa tarefa antes que o tempo passe e, no devido tempo, Ele vos dará a recompensa" (Eclo 51, 38).

Pe. Fantico Nonato Silva Borges, CM 

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