terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um aporto histórico para endender a relevância do VII capítulo da Lumen gentium


1.1 O itinerário da inclusão da Escatologia na Lumen gentium
O debate concilar sobre o VII capítulo deu-se no dia 11 de julho de 1964.
Ainda na segunda seção conciliar o tema da escatologia não havia entrado em pauta. O esquema da Lumen gentium até aquela seção conciliar constava de 81 páginas e onze capítulos, os quais nada falavam sobre a índole escatológica da Igreja. O primeiro esquema constava destes capítulos: De Ecclesiae militantis natura; De membris Ecclesiae militatis eiusdemque necessitate ad salutem; De episcopatu ut supremo gradu sacramenti Ordinis et de sacerdotio; De episcopis residentialibus, De statibus evangelicae acquirendae perfectionis; De laicis; De Ecclesiae magisterio; De auctoritate et oboedientia in Ecclesiam; De relationibus inter Ecclesiae et Statum; De necessitate Ecclesiae annuntiandi Evangelium omnibus gentibus et ubique terrarum; De oecumenismo[1]. Em todos eles não se encontram referencias explícitas sobre a escatologia da Igreja.
Esse primeiro esquema foi louvado por alguns e violentamente criticado por outros: “apresentava, diziam, uma Igreja excessivamente jurídica, institucional, externa, clerical e triunfalista, sem acentuar bastante o mistério da vida divina, do dinamismo sobrenatural e da união com Cristo”[2]. O texto foi acusado de ser bastante bíblico, cristocêntrico, pastoral, maternal, pouco missionário, e nada aberto às outras formas de vida e cultura. Também se dizia que era um texto pouco ecumênico e que não estava adaptado com a mentalidade moderna. Em resumo faltava o espírito da caridade cristã.[3]
Um novo esquema foi redigido entre a segunda e a terceira seção, no chamado período internacional. A modificação ocorreu na divisão e ordem dos capítulos. Assim os onze capítulos do esquema anterior deram lugar a oito, que se apresentam assim: 1. O mistério da Igreja; 2. O povo de Deus; 3. A constituição hierárquica da igreja; 4. Os leigos; 5. A vocação universal à santidade na Igreja; 6. Os religiosos; 7. A índole escatológica de nossa vocação e nossa íntima união com a Igreja celeste; 8. A Bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja. Este último esquema agradou a maioria, pois abrangia uma reflexão profunda sobre toda realidade da Igreja em suas estruturas internas.
Mas o que levou, então, os padres conciliares a tomar uma posição diferente daquela contida na primeira estrutura da Lumen gentium? Há teólogos comentadores do Concílio (Candido Pozo, Boaventura Kloppenburg, entre outros), que defendem a introdução deste novo esquema a uma vontade expressa do Papa João XXIII, que foi bem defendida por seu sucessor, de que a Igreja deveria abrir-se ao mundo.
Já a inclusão do VII capítulo, foi um pedido expresso de João XXIII, que confiara ao Cardeal Larraona[4], auxiliado por uma comissão especial, o encargo de elaborar um texto em que apontasse uma íntima relação entre a Igreja peregrina e o culto dos santos, como também a oração aos fiéis defuntos.
A morte de João XIII em 1962, não pôs fim a esse ideal. O Papa Paulo VI, que foi uma figura singular no desenvolvimento do Concílio, não excitou em aprovar prontamente a decisão, de seu predecessor e, por conseguinte, o texto da comissão. Aasim durante a seção plenária de março de 1964 foi instituída uma subcomissão encarregada de rever o texto e enquadrá-lo no contexto e estilo da De Ecclesia.
O texto da subcomissão foi apresentado com quatro parágrafos para ser discutido na terceira seção do Concílio em 1964. O primeiro apresentava a índole escatológica da nossa vocação na Igreja: nele se exprimia a tendência da nossa vocação escatógica que começa aqui e culmina no céu. Já o segundo expressava a comunhão entre a Igreja celeste e a Igreja peregrinante: nele o texto salientava que a nossa morte não rompe a unidade entre as realidades eclesiais (Igreja peregrina e a Igreja celeste). O terceiro traz a relação da Igreja peregrina em união com os Santos: neste ponto a reflexão valoriza muito a intercessão poderosa dos santos e a oração pelos mortos. O quarto e último falava de algumas disposições pastorais: neste contexto o esquema aponta alguns perigos e exageros que seguem o culto aos santos.
O mencionado texto apresentado pela comissão para discussão na aula conciliar produziu muito debate. O cardeal Ernesto Ruffini, Arceb. de Palermo, na Itália classificou o texto de piedosíssimo no tocante a exposição da doutrina sobre os novíssimos e disse que nele se omite, quase completamente, uma posição sobre o inferno[5].
O cardeal Ignece Ziade, Acerb. Maronita de Beirut, no Líbano, faz uma intervenção valiosa ao colocar a necessidade de uma maior presença pneumatológica na Lumen gentium. Ele alega que não é possível falar de índole escatológica da nossa vocação sem referência a missão do Espírito Santo. Ele salientou que para os Orientais um capítulo de escatologia sem uma clara missão do Espírito é igual a uma liturgia sem epíclese ou anáforas, na qual se apresentaria a missão do Filho, tocaria um pouco no papel do Pai, mas nada se falaria do Espírito Santo. Esse capítulo sem um autêntico aceno ao papel Espírito não poderia ser aceito pelas Igrejas Orientais[6].
Também é salutar a intervenção do bispo alfred Ancel, auxiliar de Lião, na França, ao salientar que a índole escatológica de nossa vocação deve manifestar-se na nossa vida cotidiana, em todas as nossas obras, principalmente de duas maneiras: por meio das virtudes teologais: fé, esperança e caridade, que nos impinge a agir, buscando os valores eternos; depois por meio da consciência de que a índole escatológica de nossa existência faz-nos trabalhar sem nos tornarmos escravos das estruturas e ocupações.
Após o fim de todos os debates e mais de 17 intervenções encerraram-se as reflexões acerca do VII capítulo da Lumen gentium que foi aprovado por quase todos os 2.204 padres conciliares presentes na octogésima primeira congregação geral do Concílio em 16 de setembro de 1964.

1.2 POR QUE UM CAPÍTULO DE ESCATOLOGIA NA CONSTITUIÇÃO SOBRE A IGREJA.

Como ponto de partida, queremos salientar, no início desta pesquisa, a importância que teve a inclusão do tema sobre a escatologia para toda a Constituição Dogmática Lumen gentium. Não é nosso interesse tratar aqui da penetração do VII capítulo em toda Constituição, mas poderia deixar de registrar a relevância que teve a escatologia em todo o documento sobre a Igreja. A escatologia, como veremos ao longo deste trabalho, não é apêndice ou uma reflexão justaposta dentro do horizonte conciliar, ela representa parte de um projeto maior que tem como finalidade unir, numa mesma reflexão, a Igreja como mistério e sacramento da Salvação com a realidade concreta da vida dos fiéis. A finalidade é demonstrar que a Igreja visível nas suas estruturas é sinal e instrumento que apontam à vida nova da comunidade cristã.
É importante salientar, neste itinerário histórico, que o VII Capítulo, sobre a índole escatológica da Igreja, não estava presente no primeiro esquema da De Ecclesia, apresentado pela comissão preparatória. A inclusão foi fruto de um amadurecimento do horizonte teológico conciliar. O teólogo Riundor Ignacio, assim como Boaventura Kloppenburg defendem a tese de que a inclusão do capítulo escatolágico, na Carta Magna De Ecclesia condiz com a vontade do Papa João XXIII, que desejava que na reflexão sobre a Igreja se fizesse referências a temas como: o Culto dos Santos e a comunhão da Igreja peregrina com a Igreja celeste[7].
Assim a inserção do caráter escatológico da Igreja aponta para uma tomada de consciência dos Bispos em perceberem na natureza e na missão da Igreja uma tensão escatológica. Tal índole escatológica projeta a Igreja na história humana como instrumento de salvação; como sinal sacramental e visível da presença da graça na história atual. Por causa disso os bispos decidiram criar um capítulo inteiro sobre escatologia e colocá-lo dentro do esquema De Ecclesia.
Todavia, não foi fácil essa inclusão. A primeira discussão acerca do VII capítulo se deu em meio a esclarecimentos e propostas dos bispos presentes, na III seção ordinária de 1964, onde se discutiu, entre outros, os detalhes sobre a conclusão da De Ecclesia. Para entendermos melhor isso, cabe-nos voltar um pouco para recordar a valiosa contribuição do Cardeal Suenens[8] na Congregação geral n°33 de 4 de dezembro de 1962. Seu pronunciamento marcou muito o itinerário do Concílio. Ele buscava organizar um plano harmônico (Ratio ipsius Concilii) para todo o Concílio. Seu projeto consistia em apresentar a Igreja como luz das nações (ecclesia Lumen gentium), dividindo o tema sobre a Igreja em dupla vertente: como Igreja ad intra e como Igreja ad extra[9].
Segundo o esquema do Cardeal Suenens, a Igreja, ad intra, abordaria temas como: a natureza da Igreja, seu ofício ou missão. A Igreja, ad extra, seria explicada em tríplece diálogo: com os fiéis, com irmãos separados e com o mundo moderno. Essa proposta agradou muito a todos os bispos, chegando a influenciar diretamente a formulação das duas principais constituições: a Lumen gentium e a Gaudium et Spes[10].
No esquema do Cardeal, que agradou muito aos Padres, a escatologia ainda não se fazia presente, mas, como veremos mais adiante, já aparecem elementos que tornam necessária uma abordagem escatológica na Lumen gentium, como parte essencial da Constituição.
A própria localização do VII capítulo entre a vocação universal a santidade, a vida religiosa e a santíssima Virgem Maria, demonstram a centralidade da escatologia em todo o esquema da Constituição.
A proposito da importância do VII capítulo na estrutura da Lumen Gentium é relevante lembrar a contribuição do Cardeal Giovanni Urbani, patriarca de Veneza, na Itália, que afirma satisfação para com o texto apresentado, sobretudo por perceber nele um caráter eminentemente cristológico e eclesiológico, tão relevante à estruturação de todo o horizonte conciliar[11].
Desta forma fica evidente que com a incisão do tema escatológico na Lumen gentium os padres conciliares propõem uma visão escatológica aberta ao mistério, unida a um contexto sacramental, sem distanciá-la e isolá-la do mundo real, como acontecia anteriormente nos tratados de escatologia. A escatologia dentro da eclesiologia não somente revitalizou a Igreja como faz justiça à sua missão e natureza escatológica. A escatologia unida à eclesiologia torna mais consciente a íntima união que se processa pelo batismo em cada fiel com Cristo.

1.3 A escatologia do VII capítulo: superação do esquema juridicista e apologética da Igreja.

Desde início do Concílio muitos temiam que ele se tornasse uma espécie de “Sínodo Romano”. Que valorizasse os velhos esquemas apologéticos pós-trento: ou seja, de defesa da fé e aplicação de anátema. Como podemos confirmar nos relatos de Boabentura Kloppenburg, o primeiro esquema apresentado da Lumen gentium, privilegiava tal posição[12]. Algum, como o bispo de Borogan, nas Filipinas, Vicente Reyes, defendia a ideia da Igreja triunfante e eram defensores do esquema juridicista da Igreja.
Todavia, a maioria dos bispos tinha consciência de que os anátemas de Trento já não respondiam as inquietações da modernidade. Não adiantava falar em tom puramente apologético e autoritário. A mentalidade sociocultural exigia uma nova postura eclesial. Graças a Deus a mentalidade foi pouca a pouco clarificando e abrindo-se para aquilo que haveria de ser o Concílio Vaticano II: uma experiência de abertura a ação do Espirito Santo em unidade com a fé da Igreja, em diálogo com o mundo moderno.
Um fator muito positivo do Concílio foi o legado de ter superado uma mentalidade que se poderia chamar de antirreformista, identificada com a Igreja hierárquica, onde os leigos eram visto apenas como súditos obedientes. Isso pode ser constatado no item a seguir, onde exporemos os dois esquemas De Ecclesia, o primeiro com seus onze capítulos enquadra-se muito bem neste esquema de Igreja hierarquicamente perfeita e o final que foi aprovado na terceira seção, que se alinha com o pensamento de abertura e renovação muito presente, na maioria dos bispos.
A superação do esquema juridicista e apologético da Igreja devem-se muito ao desejo explícito de João XXIII, que sonhava em trazer a comunidade cristã para dentro dos problemas do mundo moderno, a fim de que a mensagem cristã encontrasse eco no coração humano. Neste sentido o esquema final trouxe mobilidade e novidade para toda reflexão eclesial. E a inclusão do VII capítulo responde a uma exigência de abertura e profundidade da reflexão eclesial num contexto nova: a escatologia presente no corpo da Lumen gentium, marca uma nova mentalidade da discussão teológica dentro do Concílio, posteriormente em todas as camadas teológica, visto que agora a Igreja é apresentada num contexto esperança que se lança para o fim, sem desvincular-se do real. Nisto se afirma o já e o ainda não da nossa vocação.





























2.1 A comunidade escatológica de salvação.

A comunidade escatológica é chamada em Cristo à santidade, que somente será plena na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas (cf. LG 48a). Ora, até que isso aconteça ela vive na esperança das promessas. Por isso o mistério da Igreja deve enquanto sinal escatológico é unir os fiéis na caminhada da fé. A meta da comunidade é despertar o amor do Pai apresentado em seu Filho, Cristo Jesus. O referencial é a fé em Jesus ressuscitado, como garantia plena da consumação de todas as coisas (cf. At 2,21)[13].
Essa confissão de fé nas promessas de Cristo e na sua ressurreição é o centro da vida da comunidade escatológica de salvação: “já chegamos, portanto, o fim dos tempos (cf. 1Cor 10, 11), a renovação de todas as coisas está irrevogavelmente decretada e vai-se realizando de certo modo neste mundo” (LG, 48c). Desta certeza nasce um imperativo no qual o Concílio deixa claro: “a Igreja possui já na terra uma santidade verdadeira, embora imperfeita.” (LG, 48c).
A nova comunidade que nasce da experiência pascal é escatológica não somente pelo fato de pregar uma segunda vinda do Senhor, mas porque anuncia e testemunha a vida nova em Cristo. A comunidade escatológica não tem medo de apostar sua vida neste evento. Da assembleia amedrontada e triste após a morte de Jesus, surge um povo que testemunha com valentia e determinação a fé cristã. A força do ressuscitado abre a tensão escatológica da salvação: “la experiencia de esta nueva comunidad es para los discípulos ocasión de alegría y agradecimiento; en ninguna parte narran las fuentes desilusión alguna, como se esta comunidad fuera solución de apuro ante el aplazamiento de la parusía”[14].
Desta experiência de fé podemos identificar três marcas fundamentais da comunidade escatológica de salvação: o testemunho, o anúncio do Reino e a profecia. Neste sentido, a nova comunidade de salvação é presentificada pelo testemunho dos fiéis, pela pregação da palavra e a partilha do pão (At 2, 42-47). A vida concreta da comunidade é o sinal escatológico de que o tempo da restauração já se abriu e a vitória foi decreta. Agora se percebe que as promessas do Antigo Testamento, que falava do fim dos tempos e da restauração de todas as coisas já aparecem no estilo de vida da comunidade (cf. Ed 9,9; Jo 8,6; Sl 14, 7; Sl 80, 3; Is 49, 8-10; Jr 30, 16-19 Am 9,11)[15]. A nova modo de vida, marcado pelo amor, a solidariedade e fraternidade tomam seu início na nova comunidade. Toda vez que o fiel vive testemunhando em sua vida as marcas da comunidade cristã, a nova Jerusalém já desponta como aurora resplandecente de beleza, (cf. Is 61, 10).
Um caráter relevante da comunidade escatológica é o fato dela viver sinais e experiências do Reino, mas ao mesmo tempo peregrinar rumo ao Reino. Por meio destes sinais vividos ela anuncia o Reino como uma possibilidade real. O Concílio neste sentido apresenta a Igreja como sacramento de salvação, que aponta para o Reino de Deus presente em mistério (cf. LG, 3; GS, 39). Na medida em que ela recebeu a missão do Senhor de anunciar o Reino e estabelecê-lo entre os homens, a Igreja representa “o germe e início deste Reino na terra” ( cf. LG, 5)[16]. Por isso ela é escatológica, pois anuncia o Reino, com a certeza de que sua pregação não é vã e ilusória.
A Basiléia é o senhorio de Deus sobre a vida humana e sobre o mundo. A plena restauração será num sentido exato a vitória, e, consequentemente, o senhorio de Deus sobra todas as realidades (1Cor 1,13; Ef 5,5; 2Tm 4, 1-8; Hb 1,8; 2Pd 1,11). Em Paulo o Reino é a força que destrói a morte e muda a nossa sorte. Aos Coríntios, Paulo afirma: o Reino de Deus é justiça e paz e gozo no Espírito Santo (Rm 14, 17).
É importante deixar claro que a congregatio fiedelium não anula o Reino esperado, nem o esgota em seu mistério: la congregación escatológica de los creyentes y el reino de Dios no se enfrentan hostilmente, pero tampoco se yuxtaponen sin mutua referencia, sino que la Iglesia está ordenada al reino de Dios, referido a él[17]. Segundo Hans Küng a comunidade escatológica de salvação vive da pregação do Reino. Podemos dizer, então, que a Igreja como comunidade escatológica antecipa realmente a experiência da solidariedade e fraternidade, sinais indeléveis da vida ressuscitada.
Esta comunidade escatológica é manifesta pelos dons e carismas presentes no seu meio pela força do Espírito Santo. Também faz parte dos sinais que caracterizam a comunidade: a profecia. A vida nova inaugurada pela ressurreição de Jesus, presente nos sacramentos e nas ações litúrgicas da Igreja, sobretudo na Ceia do Senhor, exige dela a profecia como prova de fidelidade a Deus. Uma comunidade sem profecia não pode levar o nome de comunidade escatológica de salvação.
A profecia se caracteriza pela postura firme e irrevogável da justiça diante da desigualdade, da paz diante da guerra, da solidariedade frente a ameaça, da fraternidade diante da insensibilidade frente a dor dos outros. Na verdade, o reino antecipado somente pode ser concretizado nos sinais de paz, amor e justiça. A congregatio fidelium na sua ação eclesial em gestos sacramentais, precisa testemunhar com ousadia a vida da graça. A profecia é comprometimento com a causa da vida, sobretudo da vida ameaçada, porque a promessa é vida para todos: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”! (Jo 10,10).
Daquilo que afirmamos até aqui uma coisa parecer ser evidente: a tarefa da comunidade escatológica de salvação é ser sinal de esperança para todos que confiam em Jesus. O papel da Igreja é, por assim dizer, levar a humanidade a reconhecer na ressurreição de Jesus o Reino escatológico irrevogavelmente inaugurado.
[1] KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. II Primeira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, p.234
[2] KLOPPENBURG, Frei Boaventura, op. Cit p.p 24
[3] Ibidem.
[4]Cf. Congregatio Generalis, 80, Schema Constitutionis de Ecclesia C7, relatio Gerenalis: ActsynConcVatSec Vol III, periodus tertio, pars I, p. 351; cf. POZO, Candido. Teologia del mas Allá, (Biblioteca de autores cristianos), Madrid Ed. Catolica, 1968, p. 544-545
[5] Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. IV Terceira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, pp. 11-14.
[6] Ibidem
[7] Cf. Riudor Ignacio, S.I. IN Vaticano II: Documentos, enciclopédia conciliar, historia douctrina, Editorial Regina, 1971, 108-113; Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. IV Terceira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, pp. 11-14.

[8] Cardeal Suenens é teólogo e Arcebispo de Malanes, na Belgica, defenso, como outros bispos, de uma Igreja mais aberta, sem, no entanto, perder asua razão última. A defesa de seu esquema da Igreja ad intra e ad extra truxe muita contribuição ao longo do Concílio. O chamado esquema treze, ou seja, a Gaudium et spes é uma resposta a isso. Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. IV Terceira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, pp. 11-17; PHILIPS, Mons., A Igreja e seu mistério no Concílio Vaticano II, Tomo I, Herder, São Paulo, 1968, pp. 50-70
[9] Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. IV Terceira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, pp. 11-17
[10] Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. II Primeira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, p.243
[11] Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. IV Terceira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, p. 15
[12] Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, Concílio Vaticano II, Vol. II Primeira sessão conciliar, Vozes, Petrópolis, 1972, p.243

[13] Cf. KLOPPENBURG, Frei Boaventura, OFM, A Natureza e Missão da Igreja, In REB, Vol XXIX, Fasc. 4, Vozes, Petrópolis, 1969, pp. 801-802
[14] KÜNG, H., La Eglesia, Herder, Barcelona, 1968, p. 101
[15] Cf. SCHOONENBERG, P. Creio na Vida Eterna, in CONCILIUM: Revista Internacional de Teologia, n° 1 Dogma, jan./1969, pp. 86-94
[16] Cf. MEDARD, K., A Igreja: Uma Eclesiologia Católica, Loyola, São Paulo, 1997, p.86
[17] Cf. KÜNG, H., La Eglesia, Herder, op. Cit 108-110

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