terça-feira, 2 de maio de 2017

Homilia do Pe. Fantico Borges – III Domingo de Páscoa – Ano A


Homilia do Pe. Fantico Borges – III Domingo de Páscoa – Ano A

Cristo é o Caminho para o Pai e o cristão a seta que aponta para Cristo.

Na Liturgia deste domingo o Senhor nos diz: fica comigo meu filho! A expressão: Mane nobiscum, Domine foi o título daquela Carta Apostólica que São João Paulo II escreveu um ano antes de morrer. No centro do Evangelho de hoje exaspera o desejo dos discípulos de ficar com Jesus, pois Ele caminha ao seu lado e ensina as trilhas para o eterno Deus trino. No ícone desta relação dos discípulos de Emaús, o Senhor nos forma no conhecimento das escrituras, que culmina no partir do Pão, na eucaristia. E como disse o Papa São João Paulo II, a igreja nasce da eucaristia, tudo converge para o sacramento da sua Presença Real de Jesus Cristo.  
Fica conosco, Senhor! Que o Senhor permaneça conosco em pleno século XXI, porque nós queremos continuar servindo a Deus e a todas as pessoas. “Nós queremos servir a Igreja como ela deseja ser servida”, não conforme os nossos caprichos ou gostos pessoais. O Papa bento XVI  nos recordava também na já citada homilia como o Bem-aventurado João Paulo II soube descobrir as riquezas do Concilio Vaticano II, como ele se imergiu na doutrina conciliar e soube expressá-la de distintas maneiras. “O homem é o caminho da Igreja e Cristo é o caminho do homem”. Sem Cristo o homem se perde em vil caminhos errôneos. Sem a presença constante de Jesus a humanidade se desfigura na sua identidade de ser e passa a valor o que tem. Essa sociedade do descartável enche os nossos jovens de falsas esperanças que levam ao coas e a desordem cultural e intelectual. De homo sapiens tornar-se homo demens, ou seja, de pessoal sabias a pessoas doentias. É mister redescobrir o caminho de retorno para  Cristo! E como fazer? Qual a saída?
É preciso redescobrir essa realidade: a pessoa humana como caminho da Igreja para apresentarmos a cada ser humano o caminho que realmente é o seu, Cristo. Precisamos compreender as pessoas, amá-las, participar das suas alegrias e tristezas, entender o mundo no qual habitamos junto a elas, acompanhar as situações de pobreza e de riqueza, descobrir o poder da técnica e dos novos meios de comunicação. A vida cristã não é um jogo de palavras, nem se limita ao conjunto linguístico. O cristianismo é antes de tudo vida! Essa vida que se vive vivendo, isto é, no testemunho destemido de homens e mulheres que enfrentam a batalha diária de ser santos! Não é fácil e ninguém jamais, querendo enfeitar a verdade com relapsos comportamentos, não caiu em heresia. Porque no Evangelho de Jesus não cabem meias palavras.   Mas como percorrer esse caminho de testemunho sem vacilar?
Andar por um caminho que não se conhece é muito difícil! A Igreja, como entende que o homem é caminho para ela, se sabe e se declara “mestra de humanidade”: há dois mil anos a Igreja Católica tem acompanhado o ser humano, ela sim entende quem é a pessoa humana e sabe o que é melhor para ela. E nós temos que colocar todos os meios para que sejamos, na Igreja e como Igreja, mestres em humanidade. É preciso conhecer os nossos semelhantes através da simpatia e do amor, conduzidos pelo Espírito Santo, que nos faz apreciar retamente todas as coisas. O Senhor continua no meio de nós.
Cristo é o caminho do homem. Nós não podemos silenciar esta verdade. São João Paulo II nos ensinou a não ter medo de ser cristãos e de pregar o Evangelho. Ele nos ensinou a beleza da fé através da verdade e do amor. Jesus continua atraindo as pessoas desde a cruz. Jesus Cristo continua atual, a sua mensagem nunca passará de moda, ele está sempre presente no hoje da história universal e pessoal.

Pe. Fantico Borges




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